A irrisória ilusão

Boa noite, meu caro! Hoje vim compartilhar uma história que começa com uma mensagem inesperada. Sabe aquele amigo do seu pai que você só ouve falar, mas nunca vê?
Pois é, ele apareceu! E, adivinhem? Leu o nosso portfólio e ficou tão empolgado que quer se aliar à nossa jornada de salvar o mundo - ou, pelo menos, o campo.
Ele está trazendo o irmão de Minas para uma parceria em Tomé-Açu. Isso mesmo, aquele pedaço de paraíso tropical que também é o maior produtor de pimenta-do-reino.
Só tem um pequeno problema: a tal fusariose, um fungo que resolveu transformar a vida de agricultores, plantas e até animais em um pesadelo. Mas nosso amigo está determinado!
Comprou 30 hectares de terra e já plantou um verdadeiro laboratório agrícola ao ar livre, com pés de pimenta-do-reino, cacau, açaí e pitaya. Tudo isso com a esperança de derrotar o maldito Fusarium, como se fosse um vilão de quadrinhos.
Agora, claro, ele sabe que esse não é o canal apropriado pra fazer negócios ou jogar conversa fora. Mas vamos combinar: quem resiste a colocar o pé na porta com uma proposta dessas?
Então, ele apoia a Poetisa Célia (que por coincidência tem o mesmo nome da esposa dele), que defende o agronegócio com unhas e dentes. Porque, no fim das contas, o maior problema de tudo isso é... a ignorância!
Não a ignorância básica, tipo esquecer o nome da sua professora do primário. Não, ele está falando da ignorância sobre o que é o agronegócio, esse gigante que move o país e o mundo, apesar do sensacionalismo e da desinformação que insistem em dizer que estamos indo de mal a pior.
Para provar o ponto, ele não economiza nos exemplos: de Janaúba a Nova Porteirinha, passando pelo Matopiba (que, se você ainda não ouviu falar, é a nova fronteira agrícola no bioma Cerrado).
O Brasil é, nas palavras dele, a referência mundial em sustentabilidade e produção de alimentos. Só que, infelizmente, a gente fica com essa mania de subestimar nosso próprio potencial, achando que sempre tem alguém lá fora fazendo melhor.
Aí vem a parte filosófica da conversa: "O medo tem olhos grandes", ele diz, citando um provérbio antigo. O medo distorce, paralisa e, claro, deixa a gente mais perdido que cego em tiroteio. Mas não tem problema!
Porque ele tem a solução: vamos acreditar na diversidade que nos enriquece e parar de cair na ilusão irrisória de que o Brasil está em ruínas.
O trem (ou carruagem, como preferir) está firme nos trilhos, e como um bom mineiro, ele garante que o Brasil não vai descarrilhar tão cedo!
Então, se você estava preocupado com o futuro do país, fique tranquilo. Entre drones agrícolas, parcerias inovadoras e o velho bom humor mineiro, parece que temos tudo sob controle.
* Oelton Medeiros residente em Marabá (PA). É pedagogo, escritor, poeta, técnico em edificações, eletrotécnico, acadêmico em Engenharia Civil e agente fiscal do CREA/PA
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