A virada de mesa
Na coluna Serrando Geral, Marcão Leal escreve crônicas sobre assuntos do cotidiano da Serra Geral e do Norte de Minas

A virade de mesa, um termo controverso, para iniciar um relato, pode ser simplesmente o retrato, para chamar a atenção do leitor ou sem nenhum favor, pra te encher o saco.
Mas "eis quê" surgiu no horizonte, numa noite festiva de uma quinta feira, onde vários companheiros de lutas e de folia, esperaram anoitecer o dia e fizeram o acontecido.
Na casa de um viajante de muitas histórias, já corria a noite, bebericando por entre uma loura gelada, coca cola, vinhos do porto, whisky de bolinha e água com gás borrifada com competência da shopee.
Agregados com salgadinhos e carnes nobres...uma perfeição, se não fosse os exageros da viagem ao fim do mundo, local conhecido ao sul das Américas, quem dera eu ter ido, pois ando meio metido a viajador mor.
Na hora da virada, a pobre ou rica da mesa, já tinha sofrido por demais com os desatinos da informalidade da turma...e foi assim, de cima das rodinhas, também da shopee, que aconteceu, a virada da mesa.
Foi uma festa dentro da festa...chamaram os cumpadres, as cumadres, os afilhados, os amigos do compadre e seus irmãos e os vizinhos, com uma reclamação do cumpadre, que se rebelou pela mesa, mas que ficou uma beleza.
A noite se tornou bela e se transformou num palanque de discurso e eu meio que sem recurso, falei um monte de besteira, seguido por minha mulher e fomos inté aplaudidos, mas depois ficamos iludidos, com o resultado da bebedeira.
Acabou a brincadeira, já passando da meia noite, por entre tapa e açoite, ficou definido a longa viagem e a próxima festança.
Diante das despedidas, do príncipe e da princesa, deixamos para trás a virada da mesa.. que impávida, novamente se postou, sem ninguém pra lhe incomodar.
* Marcão Leal é empresário do setor de comunicação em Janaúba
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