Da luta sindical ao compliance: o "prego" que nunca foi duro e o "apito" que não tocou

Desde os 15 anos, trabalho para caramba, e meu primeiro emprego de carteira assinada foi como menor aprendiz na CEMIG.
Ao longo desses anos, já me vi em todo tipo de situação, seja no trabalho, no garimpo, na estrada ou no campo - sempre pronto para dar uma bagunçada na festa!
Mas, no fim das contas, sempre entrei e saí, sem ultrapassar a linha da maldade, desonra ou vergonha. Sempre busquei ser altruísta. Graças a Deus, sigo firme e forte!
Hoje, estou no ápice da minha vida. Não, não vou usar a Lurdinha* ou fazer uma "apisinada"** no estilo polêmico. A piada já seria um "clima", né? (risos)
Ontem, participei de uma reunião sobre hierarquia e respeito. Aí, não resisti e joguei a palavra "Compliance" no meio da conversa.
Explico: Compliance é um conjunto de disciplinas para garantir que as normas legais e as diretrizes do negócio sejam cumpridas, além de evitar e corrigir qualquer "deslize" pelo caminho.
Surgiu na década de 60, e pelo olhar confuso da galera, acho que pensei que estava falando grego ou talvez soltando um palavrão. O que vale é a intenção!
E hoje, tive uma experiência interessante: atendi uma ligação esdrúxula, depois de recusar duas vezes, já que estava no trabalho e em um local com sinal péssimo. Fiquei surpreso ao ouvir os "intempéries" situacionais - parecia que a carapuça tinha servido direitinho...
Sempre respeitei o trabalho dos sindicatos, embora, às vezes, possa parecer um pouco tímido e acanhado - mas quem me conhece sabe que, desde 1983, quando comecei a me envolver nas lutas sindicais, sempre defendi a ética como prioridade.
Fizemos a primeira greve em um setor de segurança nacional, em uma autarquia, e tivemos diálogo direto com o presidente e o governador da época.
Não ficamos de joelhos para ninguém e nunca ultrapassamos os limites da ética. Graças a esse respeito, conseguimos conquistar tudo o que estava previsto nos Acordos Coletivos de Trabalho (ACTs). O sindicato somos todos nós, colaboradores “UNIDOS”.
Acredito, com firmeza, na necessidade de mudanças e não tenho medo de lutar pelo que é justo. Vou usar a experiência que acumulei ao longo desses anos a favor da classe trabalhadora, sem comprometer os princípios que sempre nortearam meu trabalho.
O alerta do nosso colega estava mais do que certo: "Quem tem olhos rasos chora cedo." Não vamos deixar para o último minuto do segundo tempo.
O meu lema é claro: ou calça de veludo, ou bunda de fora. E, sinceramente, nunca me arrependi, porque durmo com a consciência tranquila, o sono dos justos!
* Oelton Medeiros residente em Marabá (PA), é pedagogo, escritor, poeta, técnico em edificações, eletrotécnico, acadêmico em Engenharia Civil e agente fiscal do CREA/PA
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